FAMILIARES FORAM IMPEDIDOS DE ENTRAR EM HOSPITAL, INVADIRAM E ENCONTRARAM IDOSA MORTA! QUE PAÍS É ESSE GENTE? CHEGA DE TANTO DESCASO A SAÚDE NÃO É PÚBLICA PARA NÓS, PAGAMOS IMPOSTOS ALTOS, MANTEMOS ESSA PREVIDÊNCIA CHEIA DE FRAUDES E NÃO TEMOS DIREITO A NADA.

Após inúmeras tentativas e passarem o dia sem nenhuma notícia sobre a parente Maria José Batista de 82 anos, familiares tomaram a atitude que todos nós tomaríamos: Invadiram o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, e para choque de todos ela foi encontrada morta pela neta. Assim como a família dessa senhora, várias outras famílias também estavam sem informações sobre seus parentes. Gente, nos hospitais existe um setor chamado ASSISTÊNCIA SOCIAL, que na maioria das vezes, salvo raras almas bondosas ou vocacionadas à essa profissão, atende às famílias e as mantém informadas sobre seus quadros. Os MÉDICOS, se acham acima de Deus e quase sempre não falam com a família, ou não vê os pacientes e familiares de hospitais públicos como gente, não têm paciência. Lógico que se eles falarem em termos técnicos não só as pessoas mais humildes, mas qualquer pessoa, eu ou você que não é da área de saúde não vai entender, mas, se falarem com atenção, em termos normais, focando no quadro médico, as pessoas entenderiam e mais, se sentiriam amparadas, valorizadas e principalmente tranquilizadas.

Gracieth dos Santos, neta da dona Maria José Batista, olhou de leito em leito e um MAQUEIRO, sim, eu disse MAQUEIRO, vendo seu desespero, teve a sensibilidade de perguntar o nome da paciente e sem muita dificuldade informou  que ela havia falecido. 

 

Parentes invadem Hospital Pedro II Foto: Jadson Marques / Agência O Globo

Familiares encontram corpo de idosa morta dentro do Hospital Foto: JAdson Marques / Agência O Globo

Acreditem, segundo informações de pacientes e familiares, outras pessoas estão morrendo nesse hospital. Maria José Batista foi internada na madrugada de domingo, após sentir um cansaço em casa. Ela foi diagnosticada com um problema no coração e aguardava para fazer exame de sangue. O hospital mandou os familiares para casa. Para quem não sabe, os hospitais públicos não deixam os familiares acompanharem os procedimentos, como acontece nos hospitais particulares, não, eles não permitem que ao menos UMA PESSOA fique dando força ao doente enquanto esse, espera por exames, medicação e outros procedimentos.

Todos os outros parentes de pacientes foram informados que só poderiam entrar no hospital às 15h, que é o único momento que um familiar ou amigo pode visitar seu ente querido em hospitais públicos, que variam entre 14hs e 15hs, chamado: horário de visita, com duração máxima de 1 hora, após esse tempo, os seguranças ou qualquer funcionário passa pela porta dos quartos, gritando: O horário de visita acabou. O estranho foi que sem nenhuma explicação a visita a dona Maria José Batista não foi autorizada. Sem nenhuma informação sobre a paciente, o desespero e  não ter o direito de pelo menos ver sua familiar, com toda razão deste mundo os parentes invadiam o HOSPITAL PEDRO II por volta das 21hs.

Algo de errado aconteceu nesse hospital, isso é óbvio. Se os parentes não tivessem tido a coragem de invadir o hospital, não seriam informados até aquela hora, que dona Maria José Batista, havia falecido. A que horas? Qual a causa mortis? Por que não ligaram para ninguém da família. Como terá sido os últimos momentos de vida dessa senhora sozinha, com uma idade já avançada e sem nenhum familiar por perto? Será que ela teve algum atendimento? E se teve atendimento será que foi feito em tempo hábil? Infelizmente, essa é mais uma história de pessoas como Maria José que por não poderem pagar um plano de saúde privado, que é o caso da maioria dos 200 milhões dos brasileiros, estão a mercê de Deus e da sorte.