sábado, 23 de novembro de 2013

ELES TINHAM O DIREITO DE VIVER...


Olá pessoal do blog. Nos últimos tempos temos presenciado um mar de sangue literalmente na frente dos nossos olhos. A violência e a intolerância no auge da era do terror.

Ninguém, eu disse, ninguém aguenta mais, ler, ouvir, ver, saber, sobre barbaridades, torturas, morte em todos os lugares. Mata-se por nada, por qualquer coisa, até sem motivo.

As pessoas não estão tendo nem a chance de viver. Independente de suas vidas, o que fazem, onde moram, ninguém está livre da violência.

Tudo me choca, não consigo assimilar tanta raiva, tanto ódio. Mata-se na rua, na escola, na faculdade, na favela pacificada e o pior, pode-se morrer em casa vítima da própria família.

Sinceramente não sei se a humanidade está evoluindo. Apesar de toda tecnologia, descobertas, um mundo totalmente conectado, as pessoas ainda morrem como na época medieval.

Seriam tantas vítimas conhecidas pela mídia para exemplificar e também não conhecidas como meus amigos, seus amigos, conhecidos, pessoas que não vão parar na internet. Só tem uma coisa em comum a todos que perderam sua vida para este mundo louco: Eles tinham o direito de viver.

Um artigo sobre a violência global, poderia levar anos e ainda assim não traria todos os crimes. Só no Brasil tivemos pai que jogou a filha do apartamento, criança assassinada e acusada de matar a família inteira, pedreiro que foi morto por quem devida proteger a comunidade, chacinas, estupros seguidos de morte, famílias envenenadas, maridos e esposas assassinos, padrastos e madrastas monstros, mães cúmplices, ex-maridos, ex-mulheres, pessoas e mais pessoas assassinadas todos os dias, infelizmente essa é a nossa rotina.

Em âmbito global, a intolerância, as chamadas "guerras ideológicas" ou "religiosas", deem o nome que vocês quiserem eu prefiro chamar de massacres mesmo, terroristas, grupos armados, ditadores como o da Síria que dizimou milhares de inocentes da forma mais covarde possível usando armas químicas. E quando você acha que já viu de tudo, sempre surge algo pior.  

Para mostrar como a vida não vale nada, o simples ato de não pertencer a uma religião, ou pior, o simples ato de existir no lugar errado, pode ocasionar em morte. Esse artigo vai ter dois personagens. Um será o padre sírio-católico François Murad, que foi decapitado, por fazer sua obra em um país muçulmano sendo atacado pela milícia muçulmana Jahbat al-Nusra. Os extremistas muçulmanos dizem que matam e morrem em nome de Allah. Essa é a desculpa ao crime, ao terror, porque a Religião muçulmana não prega a violência, a barbárie, mas as distorções só existem para dar brecha aos interesses, sempre foi assim e assim será sempre.

Não vou enveredar pelos dogmas das religiões porque não é o meu interesse, apesar de ter estudado e conhecer algumas, eu só queria falar, ou melhor, escrever sobre a minha indignação. Na verdade não assisti o vídeo, por já saber seu conteúdo, mas me senti no dever de divulgá-lo. Será que de todas as pessoas do mundo, dos direitos internacionais humanos, das igrejas, dos governantes, ninguém vai fazer nada? Até quando vamos saber que coisas tão terríveis ocorrem em todo o planeta e ninguém se movimenta? 

Pois é, o outro personagem, ou melhor a outra é uma menina, linda, doce e sobrevivente de apenas 16 anos, a paquistanesa Malala Yousafzai, baleada pelo taleban no ano passado por lutar pelos direitos de meninas à educação no Paquistão, que teve que sair da sua pátria para não morrer, que teve a coragem de dizer não aguento mais, façam alguma coisa. Essa guerreira disse em seu discurso a seguinte frase: "Algumas crianças não querem X-Box, iPhone e nem chocolate, querem um livro e uma caneta para irem ao colégio", ao receber o prêmio Sakharov, um reconhecimento internacional dos direitos humanos por sua coragem pelo direito de estudar das meninas do Paquistão.

 Este vídeo foi amplamente divulgado na internet e contém cenas reais e fortes de uma execução por decapitação em praça pública na frente de mulheres, crianças, jovens. Pessoas que aplaudem e gritam palavras de ordem e acham normal se matar um homem inocente. Não aconselho ninguém a assistir, mas me sinto no dever se divulgar. Parafraseando a Malala, "Alguns homens não querem um carro de luxo, dinheiro, mansões, querem apenas o direito de viver."


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